– Vantagem de acompanhar o paciente que já está em tratamento, sem sair da proteção do seu isolamento social, podendo avaliar exames, ajustar condutas, controlar cicatrização, e prescrever com certificação digital. Lembrando que no momento, a autorização em vigor foi para o período de pandemia, e em pacientes que já são do médico, a exceção de pacientes com suspeita de coronavírus para orientação inicial e direcionamento ao atendimento adequado. Qualquer outro atendimento de novos pacientes deverá ser considerado como pré-consulta.
– Avaliação adequada do caso pode ser limitada a distância, uma vez que faz parte de qualquer atendimento médico, o exame físico do paciente. O nosso organismo é composto por diversos sistemas que devem funcionar como uma orquestra. Um deles desafinados pode atrapalhar todo o andamento do espetáculo sem que você perceba se for visto superficialmente. Após conhecer o paciente ao vivo, uma orientação a distância pode ser realizada com maior segurança. Seja na avaliação de uma mancha na pele que tem texturas diferentes, mudam ao ser esticadas ou pressionadas, ou numa flacidez abdominal que pode indicar uma abdominoplastia ao invés de uma lipoaspiração. E quando se trata dos clínicos, os sons do corpo fazer toda diferença de uma crise asmática diferenciando de uma pneumonia, ou uma arritmia cardíaca.
– Quanto as credenciais do profissional, a ida as suas instalações fazem a comprovação de um atendimento sério e registrado junto aos órgãos sanitários que fiscalizam os consultórios. Não conhecer este profissional que fará uma “hipotética consulta de primeira vez” por telemedicina, abre margem a uma série limitações éticas.
– A manutenção do Sigilo Profissional é dever de qualquer profissional de saúde, regulamentado por diversos conselhos (medicina, odontologia, enfermagem, etc), porém quando a consulta é realizada a distância por ferramentas de Telemedicina não regulamentadas, a gravação poderá ficar vulnerável a ocasionais tentativas de invasão de sistemas de clínicas ou mesmo hospitais, até mesmo em função de um ambiente não controlado acusticamente da residência do paciente, expondo gravemente a segurança destes dados, o que dificilmente ocorreria na proteção de um consultório médico, onde até mesmo situações de abuso doméstico podem ser evidenciadas mais claramente.
– A facilitação do envio de receitas com certificação digital, pode ser um estímulo ao abuso de medicamentos controlados, exigindo uma consulta mais rígida e documentada (por isso a gravação também) para que o médico não ceda aos apelos demasiados por pacientes e acompanhantes (que eventualmente podem estar presentes no ambiente da teleconsulta).
https://vejario.abril.com.br/blog/bruno-chateaubriand/vantagens-e-desvantagens-da-telemedicina/
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